Nome do Projeto: Negranças: entre trajetórias e danças negras
Modalidade de Expressão Artística: Artes Corporais
Proponente: Gabrielle Maria Januario Marinho (RA: 172916) Curso: 23
Co-autor: Não há
Assistente: Não há
Equipe Participante:
Gabrielle Maria Januário Marinho RA:172916 Curso: Dança – Função: Artista proponente do coletivo. Bianca de Oliveira Santos – RA: 166917 Curso: Dança – Função: Artista integrante do coletivo. Jéssica Samara Soares RA: 245530 Curso: Dança – Função: Artista integrante do coletivo. Lívia Nara Viana Mendes RA: 178733 Curso: Dança – Função: Artista integrante do coletivo. Maria Stephani Nogueira Reis RA:241171 Curso: Dança – Função: Artista integrante do coletivo. Ph Verissimo de Oliveira RA: 259646 Curso: Dança – Função: Artista integrante do coletivo. Stephanie Borges Viana RA: 188235 Curso: Dança – Função: Artista integrante do coletivo. Victoria Correa Martins Vieira RA:194830 Curso: Dança – Função: Artista integrante do coletivo.
Sinopse:
O Coletivo é composto por 9 (nove) mulheres pretas artistas que se encontram dentro de um ambiente acadêmico, sendo diariamente atravessadas por questões relacionadas à raça e ao gênero. Nesse sentido, destaca-se a construção de experiências de amor ou afeto da mulher preta para com a própria mulher preta.
Em outras palavras, almeja-se a edificação de um espaço de troca, acolhimento e cura, isto é, um quilombo que por meio da dança procura desmistificar estereótipos e romper com violências estruturais. Trata-se, portanto, da reconstrução da auto-estima de mulheres negras compreendendo o afeto enquanto uma possível e potente ferramenta de autocuidado e de cuidado coletivo, tendo em vista que a coletividade é um fundamento da cosmovisão negra africana.
Desse modo, é proposto para o Edital Aluno Artista 2022 o desenvolvimento de um trabalho cênico a partir da vivência individual e coletiva de cada uma das integrantes, considerando toda a completude e a complexidade que envolve ser uma mulher negra na universidade, no Brasil e no mundo.
Além do desenvolvimento do trabalho cênico, o coletivo realizará em diversas ações que se interligam para com a proposta do desenvolvimento cênico, diante do compartilhamento de experiências e investigação artística.
Introdução:
Aquilombar. Ação. Continuidade. Ancestralidade. Qual o mundo que pode-se imaginar a partir do afeto? Qual a causa-efeito do encontro de corpas que compartilham a experiência da negritude dentro do contexto da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)? Como o encontro dessas singularidades mobilizam as estruturas sociais? Apoiado nessas questões, o projeto “Negranças: entre trajetórias e danças negras” visa a produção e apresentação de um espetáculo de dança, a ser desenvolvido em processo de pesquisa, com base nos fundamentos do aquilombamento e da afetividade entre mulheres negras.
A proposta é a partir de uma relação dialógica reconhecer a potência individual para a construção de uma potência coletiva e mobilizar os possíveis afetos instigados pelo texto “Viver de Amor”, (HOOKS, 2010). A construção coletiva é um fundamento para o desenvolvimento da pesquisa e, a partir disso, o conceito de Quilombismo (NASCIMENTO, 2019) será fomentado enquanto prática para a criação de um trabalho autoral baseado em estéticas e poéticas afro-diaspóricas.
O intuito do projeto é protagonizar narrativas e identidades negras partindo de autobiografías, movimento, reconhecimento e singularidade. Mobilizando reflexões sobre estratégias de sobrevivência dentro e fora da universidade acionando a memória e a imaginação para construir outros mundos.
Assim, busca-se valorizar e explorar as linguagens de dança baseado na experiência única das integrantes, bem como as vivências que simultaneamente se atravessam, diferenciam-se. Para assim, dar visibilidade e enaltecer a presença, existência e resistência de corpas pretas na Unicamp, mobilização essa que ainda servirá como um acolhimento para futuras corpas negras que ingressarão nessa universidade.
Email: negrancas.coletivo@gmail.com
Instagram: https://www.instagram.com/negrancas/
Acesse: Negranças no SIMTEC 2022
