Do dia 10 ao dia 14 de novembro, acontecerá na Unicamp a 15ª Mostra Aluno Artista, dedicada à apresentação dos trabalhos artísticos desenvolvidos pelos estudantes contemplados na 15ª edição do Programa Aluno Artista. Serão apresentados 14 projetos durante a Mostra, em diferentes locais da Unicamp. A participação é gratuita e aberta a todos! Confira a programação no fim da notícia ou clicando aqui.
Confira os projetos artísticos que estarão na 15ª Mostra Aluno Artista:
Unicamp no Choro
Apresentação de grupo artístico dedicado à prática e difusão do choro, gênero musical genuinamente brasileiro, surgido no século XIX. Uma das mais ricas expressões da música popular do país, o choro tem grande importância histórica e estética para a arte brasileira, combinando de forma singular sofisticação harmônica, lirismo melódico e liberdade rítmica.
Correnteza
Obra de dança desenvolvida pelo Coletivo Alameda, grupo de estudos corporais formado por alunas de graduação em dança na Unicamp. A apresentação reflete investigações sobre a interação com o espaço e o público em contextos não convencionais, bem como a respiração, a fluidez dos movimentos, a conexão da materialidade do corpo com a espacialidade, em encontro também com elementos naturais.
Orodume
Espetáculo teatral de sombras que aborda a relação entre mães e filhos, explorando o universo dos sonhos através de sombras. Utilizando elementos visuais e musicais, a obra reflete sobre relações humanas, e inspira aprendizados emocionais, enquanto colabora para fortificar a presença do Teatro de Sombras no Brasil.
Grupo de flautas Bem Brasil
O grupo levou seu repertório a escolas públicas de Campinas e Cosmópolis, acompanhado de um material de apoio didático que desenvolveram e que dialoga com a performane musical, visando aproximar a música dos estudantes, tirar suas dúvidas e incentivá-los a refletir sobre questões acerca da produção artística no Brasil. O projeto promovido pelo coletivo Sopro em Foco leva a música para ocupar todos espaços e alcançar todas as pessoas, democratizando os conhecimentos e a produção cultural brasileira. A apresentação musical-didática será trazida para a Mostra Aluno Artista, com repertório majoritariamente brasileiro e com arranjos autorais elaborados para o conjunto de flautas.
Entre Tetos e Textos
Documentário que aborda o papel das repúblicas universitárias na permanência estudantil na Unicamp, entendendo-as como espaços coletivos que vão além da moradia, oferecendo redes de apoio emocional e aprendizado compartilhado, constituindo uma estratégia de resistência frente às dificuldades financeiras. A produção mapeou e documentou o cotidiano de repúblicas universitárias e as dificuldades enfrentadas pelos estudantes na vida acadêmica diariamente, investigando como as repúblicas contribuem para a permanência, principalmente de estudantes beneficiários da Bolsa Auxílio Moradia (BAM).
Vertigem
Curta-metragem de horror queer com elementos dramáticos e surrealistas. O enredo acompanha Caio, que vive um pesadelo alucinatório encarnado pela figura fantasmagórica de seu ex-namorado, revisitando memórias boas de seu passado com o companheiro, mas aterrorizado pelo evento traumático que os separou. O principal tema do curta-metragem é a mudança da autopercepção do indivíduo queer perante a violência discriminatória.
Desmonte – Formas de (des)fazer um corpo
Através do estudo da dança contextual e micro-intervenções urbanas (ações coreográficas mínimas que se inserem no cotidiano, e por vezes, passam despercebidas, ao renunciarem a espetacularização), o coletivo responsável pelo trabalho propõe uma investigação da materialidade dos espaços de convivência da Unicamp, observando os abandonos relacionais, físicos e simbólicos no campus. Além disso, explora as formas como esses espaços são (ou deixaram de ser) ocupados, e constrói novos olhares para as estruturas consolidadas (prédios, gestos, hábitos e relações) por meio da dança, explorando esses elementos em seu potencial simbólico e estético. Assim, Desmonte articula arte e cuidado, corpo e espaço, criação e permanência, e tranformação política e coletiva dos espaços do campus.
Amor (Mal)dito
Espetáculo teatral multimídia inspirado no filme dirigido por Adélia Sampaio: Amor Maldito (1984) – primeiro filme dirigido por uma mulher no Brasil. O espetáculo promove a exploração corporal e criativa dos conflitos, afetos e violências da obra original, atualizados para a realidade brasileira contemporânea. Além disso, incentiva reflexões sobre gênero, sexualidade e representatividade, entendendo que discutir diversidade também é uma política de permanência.
Velha Guarda
Curta-metragem documental que trata de histórias de pessoas idosas, com destaque para 3 entrevistados principais, que frequentam bailes da terceira idade. O movimento da dança nesses locais cria conexões quando o isolamento parece a opção habitual, e o interesse por esse baile parte das histórias que ele cria, dos encontros que proporciona e, principalmente, das vidas que reanima. Pautado no ensaio “A Velhice” (1970) de Simone de Beauvoir (1970), o curta-metragem traz reflexões sobre o envelhecimento e instala a escuta aos idosos acerca de suas próprias vivências e experiências, compreendendo que “a velhice não é só um fato biológico, mas também um fato cultural” – Beauvoir, 1970.
Pink Floyd
Espetáculo que articula e integra corpo, palavra, visualidades e sonoridades, entendendo a experiência cênica como território de atravaessamentos entre arte e vida, e compreendendo a arte como prática viva, de existência, permanência e resistência. A obra tensiona a noção de virtuosismo na arte e dissolve a separação entre cena e público, explorando através de relações dialógicas (o riso, a presença e a escuta) e jogos cênicos, discussões sobre coletividade e individualidade, e espaços de pertencimento.
Skabides
Banda formada por dez estudantes da Unicamp desde 2022, que articula a energia dançante do ska jamaicano com a pulsação política do afrobeat nigeriano. O ska é entendido como expressão subcultural e instrumento de resistência simbólica das juventudes frente às estruturas sociais opressoras, e o afrobeat, como prática política enraizada na denúncia social e na valorização da identidade negra. Assim, a banda reconhece esses gêneros como formas de contestação cultural, valorização da diversidade sonora, política e afetiva, além de instrumentos de emancipação coletiva e de afirmação da cultura como direito e território de permanência estudantil crítica e criativa.
Teima em Cena
Dramaturgia criada pelo grupo de extensão e pesquisa TEIMA Coletiva, que dialoga com o realismo fantástico investigando sua capacidade de ressignificar vivências de juventudes marginalizadas e de trazer este tema à reflexão. O realismo fantástico é um gênero literário que tensiosa a relação entre política, realidade e imaginário social. É explorando este gênero, que o TEIMA desenvolveu a cena-dramatúrgica a ser apresentada na Mostra Aluno Artista.
Bruxas
Produção cênica que apresenta a figura da bruxa fora dos estigmas que o senso midiático a atrela, atravessando os preconceitos que esta figura e suas práticas sofreram por séculos desde a Europa medieval. Apesar de o número de bruxos e bruxas modernos estar crescendo desde os anos 1960, ainda predominam os estereótipos e preconceitos. Assim, a obra expande a visão sobre a bruxaria, esclarecendo desinformações sobre este universo e humanizando suas figuras. Para sua criação, foram também investigadas diferentes manifestações femininas místicas de diferentes localidades e culturas para além do imaginário europeu, bem como figuras que sempre fizeram parte da coletividade de resistência da bruxaria, e que de modo geral são membros também de outras minorias e lutas.
Gaiola de Porcelana
Espetáculo teatral que acompanha a história de Dulce, uma mulher que faz parte do clássico retrato da família tradicional brasileira dos anos 50. Vivendo dentro de uma sociedade patriarcal e dominada pela doutrinação religiosa, Dulce mantém um segredo por baixo dos panos de sua vida feita à mão. A peça explora aspectos da sociedade patricarcal e seus frutos na sociedade contemporânea, refletindo sobre os impactos do conservadorismo, herança da igreja, enquanto instituição doutrinária. A peça analisa o século passado para expôr problemáticas que perduram até hoje, levantando críticas e debates extremamente atuais.
Programação:
