A obtenção de um título de ensino superior de pós-graduação envolve muito mais elementos do que o ingresso no curso. As condições de permanência estudantil incluem diversas variáveis, dentre elas psicológicas, econômicas, sociológicas e institucionais. Diante de um cenário no país de queda de rendimentos, elevado desemprego e sofrimento emocional durante a pandemia da Covid-19, as instituições de ensino enfrentam maiores desafios para impedir a evasão. Na Unicamp, onde houve aumento de 67% das demandas ao Serviço de Apoio ao Estudante (SAE) em 2020, uma série de adequações busca impedir os desligamentos dos cursos.
Apesar das condições de permanência serem amplas, as medidas institucionais são fundamentais. Nesse sentido, uma política de permanência robusta é essencial. O período da pandemia, que trouxe a brusca migração para o ensino remoto, também requereu um ajuste de normas na Unicamp. Dessa forma, ainda em março de 2020 começaram a ser delineadas novas formas de avaliações para as disciplinas, com conceitos alternativos e aumento do período para a integralização curricular, tendo em conta que as desigualdades têm ainda maior impacto no ensino remoto.